terça-feira, 16 de agosto de 2011

MERCADO DA FAMÍLIA

Com uma economia mensal de cerca de R$ 150, feita durante dois anos, Rosana Aparecida Gonçalves e seu marido deram início à construção da casa própria. A família dela é uma das 16 mil atendidas pelo Mercado da Família, implantado pela Prefeitura de Ponta Grossa, e é apenas um exemplo do que o programa pode proporcionar para os beneficiados. A economia de R$ 150 por mês de Rosana foi obtida nas compras mensais da família. Antes de comprar no Mercado da Família, Rosana gastava aproximadamente R$ 350. Agora, valor das compras do mês, para sua família, a conta não ultrapassa R$ 200.
Rosana faz suas compras no Mercado da Família do parque Nossa Senhora das Graças. Outras famílias se beneficiam também das unidades do centro da cidade (quase ao lado do Terminal Central de Transporte Coletivo) e de Uvaranas. Mas isso vai ficar melhor: em breve mais três regiões de Ponta Grossa serão contempladas com novos Mercados da Família: Maria Otília, Vila Vicentina e Oficinas. “O Mercado da Família foi uma excelente idéia do prefeito. Assim como eu, sei que mais famílias podem e poderão guardar dinheiro para os seus sonhos, como nós fizemos. Conseguimos economizar e até o fim do ano estaremos na nossa casa nova”, diz Rosana.
Os preços praticados no mercado da família são, em média, 35% mais barato que os praticados nos mercados comerciais. Isso é possível graças à atuação da Prefeitura de Ponta Grossa, que negocia os 110 itens de marcas idênticas àquelas encontradas no mercado comercial, a preços bem inferiores. Todos os custos operacionais são bancados pela prefeitura: pessoal, instalação, energia, água, equipamentos, manejo de estoque, etc. Isso faz com que os preços na gôndola sejam bem menores. Permitindo que as famílias possam comprar muito mais, pagando bem menos.
A aposentada Ana dos Santos é assídua freqüentadora do Mercado da Família e atesta a qualidade dos produtos que estão nas gôndolas. “Os produtos daqui são iguaizinhos aos de qualquer outro mercado. A única diferença é o preço mais barato”, diz Ana. E ela continua citando os benefícios: “a gente vem com pouco dinheiro, compra bastante coisa e ainda sobra dinheiro”.
A média da diferenças de preços é de 35%, mas é possível encontrar diferenças superiores a 60%, como no caso do fermento biológico instantâneo. Nos outros mercados, o produto é encontrado a R$ 0,75, em média. No Mercado da Família ele custa R$ 0,24, ou seja, 68% mais barato. No caso da esponja dupla face de cozinha, a diferença é maior ainda: 75%. Enquanto nos demais estabelecimentos encontra-se o produto a R$ 1,08, no Mercado da Família ele custa uma fração disso: R$ 0,27. E no Mercado da Família não ficam de fora as “guloseimas”. Um pacote de biscoito waffer pode ser encontrado a R$ 0,66. Nos mercados comuns, o mesmo produto está R$ 0,99. No Mercado da Família, o consumidor paga pelo quilo de lingüiça calabresa R$ 6,33. Já nos outros, o preço fica em R$ 9,82.
Para o prefeito Pedro Wosgrau Filho, o Mercado da Família representa uma economia substancial por mês, para essas famílias. “Com o dinheiro que economizam fazendo suas compras no Mercado da Família, as pessoas podem consumir mais e melhor. Podem também ter acesso a outros bens importantes, como remédios, pagamento de contas, e até a prestação de uma casa, que é possível pagar com a economia que fazem no mercado”, diz o prefeito, que salienta que isso só é possível porque o poder público subsidia o programa, o que caracteriza sua ação em favor da segurança alimentar.
CADASTRO
Para poder comprar no Mercado da Família é necessário fazer o cadastro. Para isso é necessário apresentar comprovante de renda de até dois salários mínimos, RG, CPF, comprovante de residência e carteira de trabalho. Cada família tem direito a um cartão de acesso, que pode ser usado alternadamente por todos os membros, desde que cadastrados. No ato da compra a apresentação do cartão de cadastro é obrigatória juntamente com um documento de identificação. O limite de compra mensal é de R$ 300. As lojas do Mercado da Família funcionam de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h.

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