sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PESCA VAI ESTAR LIBERADA A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

A partir de segunda-feira (1º), pescadores profissionais e amadores poderão voltar a pescar nos rios Ivaí, Paraná, Paranapanema e Piquiri. Desde o dia 1º de novembro, equipes da Polícia Ambiental de Umuarama e de Maringá realizam uma operação para coibir a pesca predatória durante o período de reprodução dos peixes, a piracema. A liberação gera expectativa de aumento de vendas nas lojas de produtos para a pesca.

Na estabelecimento administrado por Maria Ângela Couto Normandia, em Maringá, espera-se que o crescimento das vendas chegue a 50% a partir desta semana. “A expectativa abrange todo o tipo de material para pesca, como anzóis, chumbadas, iscas e linhas”, afirma. Em outra loja da cidade, o vendedor Bruno Brito afirma que o movimento deve triplicar. “De novembro a fevereiro, o movimento é fraco por causa da piracema”, diz.

O comandante do 3º Pelotão de Polícia Ambiental, o tenente Alcimar Crecêncio, informa que, até ontem de manhã, a operação tinha realizado 41 prisões e autuações desde o início da piracema. Além disso, foram apreendidos sete tarrafas, 4.320 cordas espinhel, 13.860 m de rede e milhares de objetos de pesca. “A maioria das prisões e das autuações foi para pescadores amadores”, relata. “Os profissionais costumam colaborar denunciando a pesca predatória.”

No período da piracema, os pescadores profissionais, que têm registros junto às associações da classe, recebem dinheiro do governo estadual para se manterem, enquanto grupos de policiais monitoram constantemente os rios da região. O engajamento dos primeiros se deve, em parte, pelo trabalho de conscientização realizado pela polícia, com palestras e orientações.

Entre os casos de flagrante de pesca predatória feitos pela polícia, seis pessoas foram presas e duas foram autuadas no último fim de semana, em Icaraíma, perto de Umuarama. Ao todo, foram apreendidos 50 m de corda espinhel, 1,2 m de rede e um barco, além de 46 kg de peixes, que foram doados para entidades beneficentes. Um dos autuados era um homem de 51 anos, que levava 26 kg de pescado em dois sacos pendurados na sela de um cavalo.

As penas para quem é pego praticando a pesca predatória vai da prisão à multa. No primeiro caso, a detenção prevista é de um a três anos; no segundo, o valor varia de R$ 700 a R$ 100 mil, além de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria.

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